O Tribunal Supremo espanhol (TS) condenou, dia 22, o deputado e ex-membro do governo regional da Catalunha, Francesc Homs, a um ano e um mês de proibição de exercer funções públicas e ao pagamento de uma multa de 30 mil euros, por desobediência grave ao Tribunal Constitucional.

A alta instância considerou que Homs, enquanto membro do governo regional, desobedeceu à diretriz do Tribunal Constitucional que ordenou a suspensão da consulta popular sobre a independência, realizada na Catalunha em 9 de Novembro de 2014.

Já na semana anterior, o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha tinha condenado o ex-presidente do governo catalão, Artur Mas, a dois anos de proibição de exercer funções públicas, igualmente por ter ignorado a decisão do TC espanhol que declarou a consulta «ilegal».

No referendo participaram 2,3 milhões de pessoas, das quais 80 por cento votaram pela independência.

Os partidos que apoiam a causa da independência, maioritários no parlamento regional desde Setembro de 2015, já anunciaram que irão organizar um novo referendo até Setembro de 2017, mesmo sem o acordo de Madrid. Esta intenção foi incluída no projecto de orçamento regional para 2017.